31 dezembro, 2009
24 novembro, 2009
Eu bem que avisei!
"(...) Acontece, exactamente, que a época que se segue ao Punk e pós-Punk obscuro e que reúne estas características é, exactamente, a gloriosa cena de Seattle. Por isso, sou capaz de apostar que o próximo hype, o próximo delírio colectivo à volta da imitação ou evocação de uma dada era, está relacionado com o imaginário grunge. Em boa verdade vos digo que se há-de voltar a ver gente vestida com camisas de flanela ao xadrez, calça de ganga coçada e rasgada, botas Doc Martens. (...)"
Em Outubro, estava a passar em frente à FNAC da Pl. Cataluña e apanhei o gratuito ADN, que confirma o que eu vaticinei.
Acontece que à reedição do Ten dos Pearl Jam já se seguiu a reedição do Bleach, o primeiro álbum dos Nirvana. As lojas de roupa começam a ter camisas ao xadrêz. As DocMartens voltaram às sapatarias. As séries de televisão, como a recente "novela" Gossip Girl, também já começam a espelhar este novo hype.
(Slinkman suspira fundo e começa a sentir nostalgia de movimentos originais que não são apenas baseados em dresscodes...)
23 novembro, 2009
As Mãos e o Lume
Aqui, a luz que existe, quando existe, é a da chama da noite que convoca o desejo, o sangue tenso nas veias e os sexos na vertigem da entrega. E os despertares são mornos e raiados de cinza. O sol demora sempre, vago, lento, e quando surge, é nostálgico, remetendo-nos para a infância. A tempos, surge em todo o seu esplendor, mas é mais um sol de fogo que de luz. E o mar, sempre presente, é a líquida metáfora do sal do corpo.
Com prefácio de Miguel Ramalhete Gomes, dividido em três livros, As Mãos e o Lume, Antes da Água e Equilíbrio Solar, ganhou o Prémio Políbio Gomes dos Santos 2009, da Câmara Municipal de Ansião em parceria com a Associação Portuguesa de Escritores, e está disponível em edição de autor, para já, no espaço Era Uma Vez no Porto.
Rui Valdiviesso
30 setembro, 2009
Voltei!
É, no mínimo, inquietante que, num país sem grandes recursos naturais e onde a Cultura podia e devia assumir o papel de principal produto de interesse turístico e de exportação, não haja grande dinâmica na divulgação e perpetuação dessa cultura. Obras literárias de referência da literatura de Cabo Verde estão esgotadíssimas nas livrarias e sem reedições à vista. Tudo o que se produz lá, e que nem é tão pouco quanto isso, fica mesmo por lá, à falta de uma visão estratégica de promoção cultural. Parecido com Portugal, mas numa escala ainda mais castradora. Pelo menos, o estrangeiro que cá venha, ainda pode sair daqui com uma bela panóplia de discos de boa música portuguesa debaixo do braço, desde que bem informado e orientado por alguém que perceba da poda.
Teria sido uma viagem musicalmente quase infrutífera se não tivesse tido oportunidade de almoçar acompanhado por um conjunto de formação espontânea que pegou nas suas guitarras para animar o tasco, ou se não tivesse ouvido o primeiro mas promissor álbum da cantora Isa Pereira, o "Kriola Enkantu", que nos fala, em 11 músicas, das 10 ilhas do arquipélago e dos caboverdianos da Diáspora. Recomendadíssimo em termos artísticos, musicais e técnicos, é um álbum mágico, que nos prende a atenção quer pela sensibilidade da voz da Isa, que partilha a sua actividade de cantora com o secretariado ao Primeiro Ministro, quer pela qualidade da instrumentação, irrepreensível em termos melódicos, rítmicos e harmónicos.
Poderia dizer que infelizmente só será possível ouvir esta pérola musical se o ilustre leitor se deslocar a Cabo Verde, mas não digo, pois vale bem a viagem!
25 junho, 2009
Michael Jackson Morreu
O cantor, de 50 anos, sofria de vários problemas de saúde, mas tinha em mãos a preparação de uma nova digressão mundial, com bilhetes já vendidos para vários espectáculos.
Le Musicien lamenta o falecimento desta figura incontornável, que marcou a história da pop.
23 junho, 2009
FNAC corrige situação anómala
A rápida resposta à minha comunicação serve para constatar que a FNAC está realmente comprometida com a cultura e a sua divulgação.
Outros Litorais - Apresentação
Imagem: digitalização da agenda cultural FNAC de 16-30 Junho - Gaiashopping, Mar Shopping, Norteshopping, Sta. Catarina.
Link para Agenda Cultural Fnac: http://cultura.fnac.pt/Agenda/fnac-porto/fnac-norteshopping/2009/6/2/outros-litorais
É uma excelente oportunidade de conversar com o José Pedro que, asseguro-vos, vale sempre a pena dada a sua cultura, sensibilidade e sentido de humor penetrante.
Em segundo lugar, é motivo de orgulho e regozijo para o autor deste Blog, verificar que as suas palavras chegam às multinacionais e estas as usam sem sequer pedir autorização. Do verificado pelo texto patente na agenda cultural da FNAC, há substância para afirmar peremptoriamente que fui plagiado.
"A segunda parte, Marégrafo, traz a nostalgia do mar, o cansaço das mãos e o despertar diário para a exaltação da vida."
Rui Valdiviesso, 29 de Maio de 2009 in Le Musicien (http://le-musicien.blogspot.com)
"(...) e a segunda parte, intitulada Marégrafo, traz a nostalgia do mar e o despertar diário para a exaltação da vida."
Agenda cultural FNAC de 16-30 Junho - Gaiashopping, Mar Shopping, Norteshopping, Sta. Catarina.
18 junho, 2009
Mais um Belogue
29 maio, 2009
Outros Litorais
O José Pedro Leite é um homem com uma sensibilidade especial. A sua visão do que rodeia a existência quotidiana do cidadão comum, vem-nos em cheiros, sons, cores que apenas existem em sonhos, mesmo que nos enganem e digam que os sonhos são apenas a preto-e-branco.
Outros Litorais falam-nos disso. Falam-nos de mundos que estão por ser descobertos na simplicidade do motivo, na síntese da contemplação. Descobre-se, por fim, que tudo na palavra do bom amigo José Pedro é pássaro que levanta voo, para locais muito dentro de nós e muito além dos nossos horizontes.
O cinzel retórico do Zé lavrou duas partes neste seu debuto. A primeira em haiku, ora flutua pela espuma das ondas ora desce ao mais carnal dos carnais, sem perder o fio ténue do imediato. Fala-nos mesmo dos litorais, essas fronteiras entre terra e mar, o mesmo mar que há em nós e a mesma terra que há nos outros. A segunda parte, Marégrafo, traz a nostalgia do mar, o cansaço das mãos e o despertar diário para a exaltação da vida.
Queiram passar no "Era Uma Vez no Porto", onde os raros exemplares da edição de autor aguardam!
27 maio, 2009
Grandes Hinos Prog
"Welcome back my friends / to the show that never ends..."
07 maio, 2009
24 abril, 2009
Vira o disco!
Acontece, exactamente, que a época que se segue ao Punk e pós-Punk obscuro e que reúne estas características é, exactamente, a gloriosa cena de Seattle. Por isso, sou capaz de apostar que o próximo hype, o próximo delírio colectivo à volta da imitação ou evocação de uma dada era, está relacionado com o imaginário grunge. Em boa verdade vos digo que se há-de voltar a ver gente vestida com camisas de flanela ao xadrez, calça de ganga coçada e rasgada, botas Doc Martens.
Talvez por causa de adivinharem o mesmo, ou apenas para comemorar o seu 20º aniversário, os Pearl Jam, banda que surgiu na cena de Seattle, dentro do universo grunge, mas que soube gerir como ninguém a sua carreira, muito graças à calma e clarividência do seu vocalista Eddie Vedder, começou a reeditar os seus álbuns em edições especiais. O primeiro é o clássico Ten, do fabuloso ano de 1991, que reviu a luz do dia no mês passado, em vários formatos normais e de luxo, com vinil à mistura. (A capa da imagem é a alternativa da edição de 2009).
Claro que os Pearl Jam, sendo uma banda que, mais do que sobreviveu, prosperou num ambiente algo destrutivo, e seguiu sempre em frente lidando com as novas tendências e adaptando-se em conformidade, não é o exemplo perfeito da era grunge. Mas ainda temos os Nirvana, os Soundgarden, os Alice in Chains, just to name a few! De todos estes, os Nirvana atingiram o auge com o álbum Nevermind, o da conhecida capa do bebé a nada atrás da nota, em 1991. No mesmo glorioso ano em que saíu o Ten dos Pearl Jam, e que para mim foi um dos "anos de ouro" da música contemporânea. Senão, vejamos: os U2 baralham as cartas e voltam a dar, escandalizando os joshuatreeanos com o seu fantástico Achtung Baby; os gigantes Red Hot Chili Peppers, que ainda tocaram e foram tocados pela cena grunge, lançam o seu grande marco, o Blood Sugar Sex Magic.
Quanto a mim, só espero que o revivalismo, já que não se pode evitar, siga estas tendências que antevi. E, sendo ambicioso, espero também que sirva para "desenterrar" as velhas influências do grunge, como o Neil Young, os Pixies, os Led Zeppelin, os Black Sabbath e tantos outros. Isso sim, seria um bom hype, que podia ter o seu papel pedagógico, mostrando a muita gente que afinal havia vida mesmo antes dos anos 80.
Acabo, deixando um vídeo fantástico dos Red Hot Chili Peppers, que satiriza o passar do tempo dos estilos, mas que também homenageia de forma brilhante o Curt Cobain quando chega à era grunge.
17 abril, 2009
05 abril, 2009
Dark Side of the Ticket to Ride
Há uns tempos, tropecei num artigo do JVH, onde ele afirmava que na última faixa, Eclipse, já no fading onde se ouvem os sons cardíacos, tocava por trás uma parte orquestral do Ticket to Ride, dos Beatles.
Confirma-se.
Este álbum foi masterizado em Abbey Road! Provavelmente, durante a remasterização deste álbum para o formato de SACD, tenham ido buscar alguma fita que os engenheiros de som, na altura, reaproveitaram de alguma sessão dos Beatles.
Não consigo compreender como é que isto escapou! Andam os remasterizadores surdos? (Sinceramente acho que sim, com tanta compressão e barulho em tanto bom disco). Ou então foi propositado.
Disse JVH, no seu proverbial sentido de humor, que deverá ter sido o fantasma de John Lennon a meter-se com os Floyd.
03 abril, 2009
Anedotas de músicos #4
Qual é a diferença entre o Tony Carreira e o Paulo Bento?
Um tem capachinho e faz tudo para parecer ter cabelo. O outro tem cabelo e faz tudo para parecer ter capachinho.
02 abril, 2009
A ouvir
O que eu estava a ouvir ontem, na verdade, era mesmo:
Bob Dylan - Bringing it all back home (1965). Este sim um excelente álbum de um unti-herói da música.
It's All Over Now, Baby Blue
You must leave now, take what you need, you think will last.
But whatever you wish to keep, you better grab it fast.
Yonder stands your orphan with his gun,
Crying like a fire in the sun.
Look out the saints are comin' through
And it's all over now, Baby Blue.
The highway is for gamblers, better use your sense.
Take what you have gathered from coincidence.
The empty-handed painter from your streets
Is drawing crazy patterns on your sheets.
This sky, too, is folding under you
And it's all over now, Baby Blue.
All your seasick sailors, they are rowing home.
All your reindeer armies, are all going home.
The lover who just walked out your door
Has taken all his blankets from the floor.
The carpet, too, is moving under you
And it's all over now, Baby Blue.
Leave your stepping stones behind, something calls for you.
Forget the dead you've left, they will not follow you.
The vagabond who's rapping at your door
Is standing in the clothes that you once wore.
Strike another match, go start anew
And it's all over now, Baby Blue.
01 abril, 2009
A ouvir
30 março, 2009
A ouvir
24 março, 2009
16 março, 2009
A ouvir
Dessas sessões surgiram algumas das versões mais geniais do imaginário da Bossa Nova. Logo a abrir, um Wave instrumental, com uma dinâmica irrepreensível. As 23 faixas que se seguem são uma boa surpresa, incluindo algumas músicas do maestro que pela primeira vez se ouvem por voz própria.
Tom Jobim - Inédito (C) 1987 / 1995 EMI / Jobim Biscoito Fino
Anedotas de músicos #3
(Mais uma do excelente espólio do Pedro Osório)
15 março, 2009
A ouvir
O score do excelente filme da Sofia Coppola, onde as cinco filhas adolescentes do casal Lisbon vêm a sua dramática história contada por um grupo de rapazes que as admiravam à distância.
Os Air conseguem, com esta obra, dar uma atmosfera única ao filme, por meio das suas mais que características sonoridades electrónicas. A destacar o hit "Playground Love", com aquele saxofone quente mas em arranjos melódico e rítmico melancólicos.
Através deste álbum, tenho descoberto a obra surpreendente dos Air e ando a fazer, aos poucos, as pazes com a música electrónica.
Não tarda muito e ainda venho aqui falar de Kraftwerk.
Filme e Score levam as ***** do Le Musicien.
14 março, 2009
O nascimento de um génio
13 março, 2009
12 março, 2009
11 março, 2009
Anedotas de músicos #2
Um Dó, um Mi bemol e um Sol entram num bar e pedem uma rodada de cerveja. Não pode ser, responde o empregado, é proibido servir bebidas alcoólicas a menores.
Esta anedota foi retirada da página de Pedro Osório, músico e compositor português. Antes, Carlos Moniz já lha tinha enviado.
10 março, 2009
Discos de Bolso
08 março, 2009
Freak show #22
Convosco, Ivan Mládek e o seu fantástico Jozin z Bazin (faltam aí uns acentos nessas palavras, mas não sei como se põem).
Já agora, a música fala dum monstro, o Zé dos Pântanos, que comia sobretudo turistas de Praga que visitavam uma povoação de uma pacata aldeia checoslovaca, e de como um herói errante o derrotou munido de um avião aspersor de herbicida. Acho eu, que o meu checo está empoeiradito...
06 março, 2009
Mais uma do Rio...
O pior no meio disto tudo é que, se por um lado não há vontade de libertar cerca de 20.000 euros para ajudar a organizar um dos mais animados e pitorescos eventos culturais do Porto, sobram fundos para outros eventos de lazer que ficam muito mais caros e aos quais a autarquia se associa amplamente, como sejam os casos das corridas de automóveis, do Red Bull Air Race, dos inúmeros espectáculos de animação de Natal e S. João, nos quais um qualquer artista popular e romântico de música ligeira cobra mais do que o subsídio que era pedido à CMP para o Festival Intercéltico...
Claro que a diferença entre uns e outros eventos, além da dimensão, é a vocação cultural. A capacidade de educar gostos e de criar massa crítica. A capacidade de mostrar alternativas aos munícipes, que os ajudem a saír deste marasmo cultural em que a cidade do Porto se vê enterrada desde que o sórdido economista assumiu o seu comando.
Mais uma vez, repito: o povo tem os líderes que merece. O povo quer viver na penúmbra, mas com pão e circo de vez em quando, para animar.
Quando Rui Rio insiste na conversa da "subsidiodependência", não deixa de ser demagógico. Certo que existem colectividades que sempre viveram à sombra dos dinheiritos públicos para organizar "fait divers" culturais, feitos por meia dúzia de diletantes para meia dúzia de diletantes. Certo que os dinheiros públicos são de todos nós, e devem ser geridos com parcimónia. Mas quando se fala em eventos como o Festival Intercéltico, que tem atraido espectadores de toda a parte, que tem agregado os maiores nomes nacionais e internacionais da música de expressão celta, que necessitaria de se afirmar continuamente ao longo dos anos para se tornar o bastião da música celta na Península Ibérica, mas que é abruptamente interrompido, qualquer coisa se passa.
A classe cultural e artística anda de costas voltadas com a autarquia há muito tempo. Veja-se o caso do antigo director da Casa da Música, Pedro Burmester, que se recusou em tocar no Porto enquanto Rio fosse Presidente da Câmara. Ora, será que a Casa da Música necessita de subsídios? Será que foi por causa disso? Ou será que Burmester apenas reflecte a revolta que os criadores de cultura sentem pela gestão cultural da CMP?
Veja-se ainda o caso do Rivoli, Teatro Municipal. Há sempre várias formas de olhar para aquele problema, mas se, por um lado, se rentabilizou ao máximo um espaço que pertence a todos os munícipes, pois antes as companhias que lá actuavam angariavam meia dúzia de apreciadores de teatro provenientes das elites culturais, por outro, essa rentabilidade encheu os bolsos do senhor La Feria e criou um vazio enorme na oferta de teatro do Porto. Pior ainda quando se atende aos contornos do contracto, e a todas as ilegalidades cometidas, em nome da guerra armada aos "subsidiodependentes", mas que todos sabem ou pelo menos desconfiam, que na verdade os interesses económicos estão por detrás de tudo. Será que não havia outra alternativa senão deixar o Rivoli entregue apenas a um organizador? Será que não havia forma de alternar espectáculos da produtora do La Feria com outras produtoras, a bem da diversidade de gostos e culturas?
Este povo do Porto tem o líder que merece, infelizmente. E este efeito bola de neve da estagnação cultural só favorece líderes como Rui Rio. Para este, não interessa nada que se desenvolva massa crítica. Não interessa atraír criadores de cultura e opinião à baixa da cidade. Não interessa criar condições para viver a cultura a que todos temos direito. Para Rio interessa ter um povo bestificado e ignorante, acéfalo e acrítico, que nas eleições valorize o "circo" das corridas de carros e aviões.
Já para não falar da forma totalmente absurda com que Rio tratou a instituição Futebol Clube do Porto. Em nenhuma cidade do mundo em que o clube que a representa tenha ganho uma prova desportiva internacional, o responsável pela autarquia se recusou a receber os dirigentes, jogadores e equipa técnica desse clube. Fosse Rui Rio um portuense orgulhoso das suas origens e receberia por dois anos consecutivos a comitiva do FCP na Câmara Municipal, pois mais do que nada ou ninguém, o FCP colocou o nome da Cidade em todo o mundo, ao ganhar a taça UEFA e a Taça dos Clubes Campeões Europeus, e ainda a Taça Intercontinental. Em qualquer câmara municipal de qualquer vila ou cidade do país, quando um clube de futebol inaugura uma casa, os seus dirigentes são recebidos pela autarquia e trocam galhardetes nos salões nobres. Rio virou as costas ao mais representativo clube da supostamente sua cidade.
O Porto necessita de cultura como de pão para a boca. Necessita de eventos culturais que animem as suas ruas e as suas noites. Precisa de se manter vivo no meio deste deserto que é a baixa da cidade, que à força da insegurança e da especulação imobiliária, foi sendo abandonada pelos seus habitantes. O Festival Intercéltico era um daqueles eventos que trazia gente para a rua, para a baixa. Gente animada e feliz por estar na cidade, a viver a música, a comungar por um bem comum que é a vida em liberdade na sua cidade. A conhecer gentes de outros lugares, de outras culturas. A conviver, a aprender.
O Festival Intercéltico, não tenho duvida nenhuma, ressuscitará um dia, quando o povo não tiver o líder que merece, mas o líder que precisa. Até lá, não vejo a cena cultural do Porto muito clara.
Link para a reportagem do Festival Intercéltico do ano passado
24 fevereiro, 2009
Freak show #21
"Caramba, Caracho, ein Whisky", (C) 1970 Heino.
13 fevereiro, 2009
Animals
O Animals é um disco com uma sonoridade espantosa. Começa e acaba com dois pequenos temas acústicos (Pigs on the Wing, I e II), relacionados com o apoio mútuo entre indivíduos, a amizade e o amor. Estes temas são intercalados por três enormes músicas ao estilo progressivo, que atacam o Capitalismo e a vida estúpida que passamos a trabalhar e a preocupar-nos com minudências e com o espetar a faca nas costas do próximo ou evitar sermos atingidos.
No aspecto dos sentimentos que nos desperta este álbum, penso que se aproximam ao Dark Side of The Moon, se bem que o Animals terá uma perspectiva mais social e o DSOTM é mais pessoal.
É sempre um prazer redescobrir obras desta monta e ir à procura das suas histórias!
05 fevereiro, 2009
Novas funcionalidades
05 janeiro, 2009
Freak show #20
- Olá, Arnold! Ouvi dizer que tens jeito para o desenho!
- Hum.. Sim, até tive um 4 a Educação Visual no 6º ano! Mas quem fala?
- Somos nós, os Wolf. Queremos editar um disco e estávamos a pensar em ti para desenhar uma capa original, como por exemplo, um lobo...
- Ah... pois... um lobo...
- Mas não queremos um lobo qualquer... tem que ter cara de urso... não, de babuíno, umas orelhas espetadas, assim tipo duende, um casaco lilás... hum... não! preto! e umas garras que sejam... hum... girafas?! Não... tipo abutres ou cobras ou assim uma cena nojenta. Percebeste?
- Entendi perfeitamente. Vou já buscar os lápis de cera! Um lobo... eh...