18 dezembro, 2008

And so this is Xmas...

Sufjan, há uns anos, lembrou-se de oferecer umas prendas de Natal originais. Gravou umas musicas em casa, com os amigos e os intrumentos que aparecessem, passou-as para um CD, fez cópias e ofereceu aos amigos e à família. Gostaram tanto que no ano seguinte, S. repetiu a receita. Fez isso durante 5 anos, e ainda acredito que o faça, a menos que esteja demasiado atrapalhado com trabalho. Fazer um álbum para cada estado dos E.U.A. não é fácil...

O resultado é este:


Um dos mais originais álbuns de Natal de sempre. Um álbum quíntuplo. Com os 5 Natais (2001, 2002, 2003, 2005 e 2006, pois que em 2004 estava demasiado ocupado a cozinhar o genial Illinoise), que o S. gravou para os amigos e família. E isso nota-se. Sente-se que há o espírito de algo que não foi originalmente feito para vender, mas sim a pensar naqueles que nos são queridos.

É por esta originalidade toda, pela capacidade de abrir novos caminhos na música, que gosto do Sufjan Stevens. Encarnou, na música, muito mais espírito de Natal que os Wham, a Mariah Carey, o tony Carreira e a Popota, o Coro de Santo Amaro de Oeiras... todos juntos... yada yada yada yada...

Here's a season to be jolly... la la la la la la la la la...

09 dezembro, 2008

The Musical Box

Hear hee, hear hee!

"Play me Old King Cole
That I may join with you..."

O grande Crazy Diamond decidiu abrir as hostilidades com o seu blog, novinho a estrear.



É clicar, é clicar!

27 novembro, 2008

Sputnik

Novo blog amigo, o Sputnik.

Boa sorte à Patrícia na sua iniciação aos blogs!

26 outubro, 2008

Quase de regresso!

Estimados leitores,

Tenho estado ausente da vida bloguista, pois a "música" tem sido outra. Razões profissionais e académicas ditaram que a indisponibilidade mental de verter palavra aqui no blog falasse mais alto.

Mas qualquer dia reapareço em força.

Só para desfazer mal-entendidos do post anterior: o projecto antigo que tinha era visitar o José Cid na sua quinta em Mogofores e conversar com ele, pedir-lhe um autógrafo, o que fosse possível. Principalmente perguntar-lhe em que raio de gaveta deixou o rock progressivo. Mas a tentativa saiu gorada, pois o génio tinha saído em viagem apenas uns minutos antes da minha chegada.

Fica para a próxima!

Cumprimentos a todos!

18 julho, 2008

Quase de férias!

Bom Verão a todos os estimados leitores.

Estou quase a retirar-me para locais onde a internet não faz parte do meu quotidiano. Se postar aqui, vai ser muito ocasionalmente. Mas se algum concerto dos que hei-de assistir este Verão valer muito muito a pena, esperem notícias!

Também estou em vias de realizar uma aspiração antiga relacionada com o culto de um grande músico português. Se tal se concretizar, podem ter a certeza que hei-de relatar aqui as experiências.

Para já, relaxem e curtam a onda do Verão!



14 julho, 2008

Roger Hodgson no Cais de Gaia


É já amanhã o concerto do antigo vocalista dos grandes Supertramp, no Cais de Gaia. entrada livre.

13 julho, 2008

Freak show #19


O Velho o menino e o burro - Internacional (1975)

Caramba, a primeira vez que vi esta estranha figura, pareceu-me o Avô Cantigas!

Mas não. Fui investigar e é apenas a banda sonora de uma velha novela brasileira da rede Tupi.

De resto, a capa está com uma coerência impressionante. Tem um velho (meio falsificado), um menino e um burro. Tal como publicita.

Mais: como é costume nas bandas sonoras brasileiras, tem a versão "Internacional", em oposição da versão só com músicas brasileiras. Esta tem música importada!

E pronto, está finalizado mais um post da rubrica Freak show... como não sei fazer piadas com velhos, meninos e burros que não metam pedofilia e bestialismo, e como este blog é para toda a família, ficamos por aqui.

Hum, o próximo vem mesmo a propósito....

Anedotas de músicos #1

O violista afirmava ser capaz de tocar semifusas. Como o resto da orquestra não acreditava ele provou-o tocando uma.


12 julho, 2008

Andy Mckee

Uma forma bem original de tocar guitarra, juntamente com uma composição melódica interessante. É mais um artista que o YouTube trouxe para a ribalta. Desta feita, com justiça!



09 julho, 2008

Freak show #18


O Ken é tão bonito tão bonito... e tem tanto estilo! Que até aparece duas vezes na capa do disco. Um grande plano e um meio-corpo.

Ainda bem que é "by request only". Assim, podemos estar descansados que duvido que alguém vá requisitar um tipo destes.

Pronto, no fundo admiro o Ken. O seu ego e auto-estima são invejáveis.

30 junho, 2008

Onde Quando Como Porquê


O Quarteto 1111 editou este álbum em 1975, num momento em que o grupo já nem sequer praticamente existia. José Cid tomou a seu cargo levar a obra para a frente, daí o seu nome vir em destaque na capa.

Este disco foi apenas editado em vinil em '75 e não conheceu nenhuma outra reedição, até este ano, quando as edições Do Tempo do Vinil decidiram repescar algumas raridades da música portuguesa.

Fica aqui o anúncio da editora:

"Para a maior parte das pessoas, o Quarteto 1111 é "A Lenda d'El-Rei D. Sebastião" e o célebre primeiro álbum homónimo censurado pela PIDE em 1970. Mas os conhecedores sabiam da existência de um outro álbum, publicado já depois do 25 de Abril, numa altura em que José Cid já tinha encetado uma carreira a solo.

Esse segundo álbum vê agora a luz do dia pela primeira vez em CD, naquela que é a sua primeira reedição em mais de 30 anos desde a edição original (em Janeiro de 1975, no LP Decca SLPDP 5016). Onde Quando Como Porquê Cantamos Pessoas Vivas - "obra-ensaio de José Cid/Quarteto 1111" - é, nas palavras de José Cid ao jornalista António Pires reproduzidas nesta reedição, "um álbum de poesia" e "um álbum de rock sinfónico [...] de tendência muito acústica".

Composto por uma única longa peça de 30 minutos de duração ("separada" em duas partes pelas exigências do vinil), Onde Quando Como Porquê Cantamos Pessoas Vivas partiu de um poema de José Jorge Letria parcialmente reproduzido no álbum, e foi gravado nos estúdios de Paço d'Arcos da Valentim de Carvalho com uma formação que incluia apenas, do Quarteto original, José Cid e o guitarrista António Moniz Pereira, mais o guitarrista Mike Sergeant e o baterista Vítor Mamede.

Esta reedição Do Tempo do Vinil, disponibilizando pela primeira vez em mais de 30 anos um dos álbuns mais raros do rock português (segundo as indicações dos arquivos da Valentim de Carvalho, ter-se-ão vendido apenas cerca de 600 cópias), inclui depoimentos de José Cid, Mike Sergeant e Vítor Mamede sobre a criação, gravação e edição do álbum, recolhidos pelo jornalista António Pires, autor do livro biográfico do Quarteto 1111 A Lenda do Quarteto 1111."

23 junho, 2008

E os cisnes também

Claro que o senhor Stevens é menino para continuar a fazer mais projectos como o dos cisnes, além dos 48 álbuns que ainda lhe faltam para os EUA.


Um disco bonito!

Sufjan Stevens - Seven Swans (C) 2004 Rough Trade.

22 junho, 2008

Casa da Música

Em frente à Casa da Música, os concertos de S. João, da noite de dia 23 para dia 24 de Junho:

20:00 | PRAÇA
DJ RODRIGO AFFREIXO


22:00 | PRAÇA | ENTRADA LIVRE
ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO
Joseph Swensen
direcção musical
Joly Braga Santos
Stacato Brilhante
Carl Nielsen Abertura
Maskarade
Edvard Grieg Suite n.º 1 Peer Gynt
Richard Strauss Don Juan
Leonard Bernstein Abertura Candide


24:00 | PRAÇA | ENTRADA LIVRE

IRMÃOS CATITA | RÁDIO MACAU



20 junho, 2008

O projecto ambicioso do Mr. Stevens


Já aqui tinha dito que considero o Sufjan Stevens um génio. As melodias são fantásticas, o ambiente que empresta às suas músicas é incrível e cheio de texturas e personalidade. As letras são complexas e densas, na sua maioria. Os arranjos musicais são interessantíssimos, muito bem conseguídos, extremamente musicais. Os álbuns têm sentido, têm pés e cabeça, equilíbrio.

O que eu não tinha dito é que este indivíduo tem um projecto em que se propõe fazer um álbum para cada estado dos EUA. Até agora, já há o fabuloso Illinois e o Michigan. Só faltam 48. Não tenho dúvidas que conseguirá!

O Contrabaixo

Mais um belo link para o blog do santuário do Jazz na Praia de Mira. Vale a pena uma visita a este bar extremamente acolhedor onde há, muitas vezes, jazz ao vivo. Quando não é ao vivo, toca sempre no sistema de som.

Expofacic 2008

Continuando na senda dos eventos de Cantanhede, aqui está o cartaz de espectáculos da Expofacic deste ano, de 25 de Julho a 3 de Agosto.



25|07
DA WEASEL
2007 foi um ano em grande para a banda, inicia-se com a gravação de AMOR, ESCARNO e MALDIZER, o 6º álbum de originais, editado em Abril, atingindo no dia da edição a PLATINA, lavando a Banda de Almada, pela primeira vez, ao 1º lugar do TOP nacional de vendas e pela segunda vez recebem na Alemanha o prémio MTV award, na categoria de BEST PROTUGUESE ACT. OS DONHINAS vão ser os primeiros no dia 25 de Julho a subir ao palco principal da EXPOFACIC
..
26|07
SQUEEZE
Depois do reconhecimento nacional com os dois primeiros álbuns, eis que chega o terceiro disco de originais "One life is not enough" com mais rock e mais forte. "Sometimes a little some time", single de apresentação do novo trabalho, já toca nas rádios e na novela "Morangos com Açúcar".
BOB SINCLAR

+BIGALI+STEVE EDWARDS
Considerado como um dos maiores produtores a nível mundial na área da "DANCE MUSIC", BOB SINCLAR, tem actuado um pouco por todo o mundo, e nos melhores Clubes mundiais, destacando-se com o hit"LOVE GENERATION", retirado do seu quarto álbum "WESTERN DREAM", vendendo mais de 120.000 cópias nas duas primeiras semanas após o lançamento, tendo ainda sido a música oficial do mundial de 2006.
27|07
TONY CARREIRA
No terceiro dia do certame, sobe au palco principal um dos maiores embaixadores da musica ligeira portuguesa, que quase dispensa apresentação, para arrebatar os milhares de fans que se deslocarão de norte a sul do país, para aplaudir, no auge de uma carreira pautada só por sucessos musicais.
28|07
DAVID FONSECA
É um dos mais carismáticos e bem sucedidos artistas portugueses. Fundou a sua primeira banda em meados dos anos 90 e foi com ela no seu álbum de estreia SILENCE BECOMES LT atingiu as 240.000 cópias vendidas. Em 2003, DAVID, lança o seu primeiro disco a solo, SING ME SOMETHING NEW, onde explorar novas facetas de compositor e intérprete, atingindo com este o disco de ouro.

29|07

MARIZA
MARIZA NUNES nasceu em Moçambique em 1973, conhecida mundialmente MARIZA, foi a única portuguesas a integrar os concertos do Live 8 e tem actuado em todo o mundo nas salas de maior prestígio mundial, "Carnegie Hall, Royal Albert Hall, Salle Pleyer, Ópera de Sydney em entre outros", considerada pela BBC Rádio 3, como a melhor artista europeia na área de World Music.

30|07
QUIM BARREIROS
Dispensa apresentações, é um verdadeiro artista português, que na 6ª noite do certame sobe ao palco, ao longo de 38 anos de carreira artística, tem alcançado grandes êxitos com as suas músicas, fazendo da música popular a sua marca.
31|07
MIKAEL
É um jovem que após alguns anos de formação musical, iniciou a sua carreira a solo, no mundo da música ligeira. Em 2001 e com quinze anos estreia-se no palco do OLYMPIA de PARIS, em 2002 no coliseu de Lisboa, é aplaudido por 3000 pessoas, conquistando o público presente, mas foi em Maio de 2006 que a convite de Tony Carreira se estreou a solo no Pavilhão Atlântico, na última noite do mês de Julho, sobe ao palco principal para um grande concerto.
01|08
PEDRO ABRUNHOSA
Não, esta história não começa com uma banda de garagem. No início, foi o conservatório. PEDRO ABRUNHOSA, escolheu o caminho mais difícil. Fez ao contrário de muitos, estudou no conservatório e integrou o Grupo de Música Contemporânea de Madrid, fundou a escola de Jazz do Porto e mais tarde o BANDEMÓNIO, lançando as VIAGENS, trabalho que lhe deu a tripla PLATINA, com 140.000 cópias vendidas, desde essa data, tem acumulado sucessos atrás de sucessos e pela primeira vez vai ter a oportunidade de subir ao palco principal da EXPOFACIC para um concerto memorável.
02|08
WHITESNAKE
É uma banda britânica de Hard Rock, formada no final dos anos 70. Entre os seus sucessos destacam-se a balada IS THIS LOVE do álbum WHITESNAKE de 1987 e a pesada LOVE AIN 'T NO STRANGER do álbum SLIDE IT IN de 1984. Umas das melhores bandas do mundo de Hard Rock, os WHITESNAKE, vão tornar a penúltima noite do certame, numa noite inesquecível arrastando uma verdadeira legião de fans.
SEAN KINGSTON
Nasceu na Jamaica, mas cresceu nos EUA onde formou a sua identidade, com uma mistura de Reggae, Rap e Pop, esta mistura deu resultados imediatos com o lançamento do seu primeiro single "Beautiful Girls", sendo das músicas mais tocadas nas pistas de dança e rádios, o álbum "SEAN KINGSTON" é um dos mais vendidos do género.
03|08
XUTOS & PONTAPÉS
Os comendadores estão de volta à Cidade de Cantanhede para terem a honra de mais uma vez encerrarem a EXPOFACIC de 2008 na sua XVIII edição, realizando mais um espectáculo em cheio, pautado pela qualidade musical e principalmente pelo rasgo, daqueles que são dos melhores do Rock Português, este concerto não vai fugir à regra, colocando ao rubro os muitos milhares de fans


19 junho, 2008

Dixieland spirit

Quase que me esquecia do grande festival Dixieland de Cantanhede. Lembrei-me à última da hora e apanhei a última noite.

Por isso não publicitei este evento no blog. Mas fica aqui a chamada de atenção e, para o ano, tentarei lembrar-me a tempo.

O Dixieland de Cantanhede é um festival de Jazz do tipo Dixie, que radica nas marching bands de New Orleans, ou seja, é um tipo de Jazz bastante primitivo, que está na origem das origens de quase todos os tipos de música moderna ocidental de raiz afro-americana. Tudo o que é Funk, R&B, Rock, Soul, Reggae, foi beber a New Orleans e às marching bands as suas primordiais influências.

As bandas convidadas, além dos concertos habituais à noite, costumam animar o centro da cidade. Além disso, ainda há a tradicional parada de bandas.

O festival ocorre em paralelo com o evento Tapas&Papas, uma feira gastronómica que dá a conhecer os sabores regionais em tasquinhas. É mais um bom motivo para visitar a pequena e acolhedora cidade de Cantanhede, no distrito de Coimbra.

Deixo-vos aqui um vídeo dos Dixieland Crackerjacks, uma das bandas que mais me agradou na noite de Sábado passado, pela sua dinâmica e energia e pelo virtuosismo dos seus músicos.






No final dos concertos de Sábado, houve uma jam session conjunta, onde todos os músicos tocaram alguns standards de Dixie.

12 junho, 2008

Cabos DIY

Um cabo, num sistema de alta fidelidade de reprodução musical, não é apenas um acessório. É um componente do próprio sistema, pois este não toca sem cabos.

Os cabos de marcas conceituadas, como a Nordorst ou a Transparent, são caríssimos. E quando digo caros, não brinco! Bem, não vamos especular aqui se os preços pedidos são justos ou não. Isso compete ao bolso de cada um. E ao que cada um valoriza.

Qualquer pessoa com o material certo e algum jeito, pode fazer os seus próprios cabos de alta fidelidade.

Eu faço os meus.

Estes cabos de interconexão RCA foram feitos com fio de cobre, revestido a fita de teflon (PTFE, daquela de canalizador), enfiados nuns atacadores e soldados a fichas RCA Neutrik.


Vamos ao trabalho:

1) cortam-se 3 filamentos de cobre com o comprimento pretendido; os meus têm 45 cm e aconselho a não ir além de 80. Quanto menos cabo, menos perdas de sinal!

2) enrolam-se, com jeito e paciência, os filamentos de cobre em fita de teflon (PTFE) que tem uma baixa constante dieléctrica (é péssimo condutor), e como tal, isola bem, além de proteger o cobre contra a malfadada oxidação.



3) enfiam-se os filamentos cada um num atacador de sapatos à escolha, para ficar com um acabamento bonito. Eu usei atacadores de algodão.



4) colocam-se espaçadores que separem os três condutores um do outro à mesma distância ao longo de todo o comprimento do cabo. Eu usei espaçadores de um material que se costuma encontrar a proteger equipamentos electrónicos, e que costuma agora vir nas caixas em lugar da esferovite. Espaçar os condutores serve para reduzir a capacitância do cabo.



5) soldam-se as fichas RCA.

Este cabo tem apenas 3 condutores, ao contrário dos normais que têm 4. Isto porque a malha é partilhada, e está apenas soldada a uma das fichas. Nos aparelhos que este cabo serve para ligar, como por exemplo, entre um leitor de CD e um amplificador, o contacto de retorno é partilhado internamente, por isso não há razão nenhuma para que o cabo tenha um condutor a mais. Até porque quanto mais cabo, pior: maiores serão as probabilidades de perda ou interferência de sinal.

Quem não tiver o fio de cobre nú de pequena secção, pode fazer com um filamento de cabo cat5e unifilar (daqueles de cabo de rede informático).

O resultado final está aqui:



E os resultados sonoros falam por si. Um cabo que não fica nada a dever a muitos cabos comerciais que custam muitas vezes mais.

Nine Inch Nails à borla

Os Nine Inch Nails disponibilizam o novo álbum para download gratuito aqui.

Está disponível em vários formatos à escolha, desde mp3 até wav lossless.

11 junho, 2008

Don Rubén González

Com cerca de 80 anos, Rubén González foi repescado do esquecimento pelo Ry Cooder, integrando o colectivo Buena Vista Social Club, que o voltou a projectar para o estrelato, depois de, nos anos 50 e 60 ter percorrido a América Latina com a sua classe.

Sentado ao piano, Don Rubén esquecia a idade, os problemas nas articulações, e tornava-se perfeitamente integrado naquele balanço da música cubana. Apesar de todas as dificuldades técnicas que não o deixavam ser rápido o suficiente, lá se perdoavam algumas notas em falta, pois o produto final era, e continua a ser, de um virtuosismo e de uma honestidade impressionantes. O melhor pianista de sempre no seu género.

Don Rubén foi ter com o criador em 8 de Dezembro de 2003, mas deixou-nos obras fantásticas, tocadas em camaradagem com os seus compañeros de muitos anos de estrada.

Destaca-se o seu último álbum a solo, Chanchullo (2000, World Circuit Records).


04 junho, 2008

Boicote

O Le Musicien e o Chapéu de Três Bicos apoiam, sob todas as formas, o boicote ao Novo Acordo Ortográfico.

Aqui não se escreverá em conformidade com o dito acordo, mas sempre em português corrente e escorreito, como o da Agustina, do Eça, do Camilo e do Bocage.

Aqui não se comprarão livros novos que venham eventualmente escrevinhados e conspurcados com o Novo Acordo Ortográfico.

Aqui apoiam-se as medidas para matar o esquálido acordo, com luta armada se preciso for. A cantiga é uma arma.

02 junho, 2008

Zeca na Net

Um excelente site sobre José Afonso. Simplesmente genial, reúne um conjunto de informação bastante amplo.



Já agora fica uma correcção sobre a citação que fiz no post sobre o álbum "Cantigas do Maio". A autoria do testemunho é de José Mário Branco, o produtor do álbum.

Deixo-vos aqui também um vídeo do "Venham Mais Cinco" ao vivo no Coliseu.

31 maio, 2008

Amy Quê?

A cantora britânica Amy Winehouse deu mais uma demonstração da sua incompetência ontem à noite no Rock in Rio Lisboa, ao actuar notoriamente embriagada e com a voz comprometida. É, na minha humilde opinião, motivo para pedir o dinheiro do bilhete de volta a quem lá foi ver e a devolução do cachet à organização do evento. Por mais talentosa que seja a artista em questão, nada pode justificar o ter ido trabalhar embriagada de tal forma que nem pôde fazer valer o seu talento principal que, admito, é a voz e a excelente capacidade de interpretação.

Ora se eu for trabalhar embriagado, o mais certo é ser despedido. E se enquanto o fizer, causar danos a terceiros, o mais certo é ter que os ressarcir dos danos causados.

Estas demonstrações "gratuitas" de estados translúcidos por parte dos profissionais da arte de fazer música só são justificáveis na medida em que os ajude a superarem-se, a darem o seu melhor, a mostrarem a profundidade da sua arte. Como tal, até posso admitir a utilidade do LSD durante as décadas de 60 e 70, que muito contribuíram para algumas das melhores criações da humanidade. Até posso desmistificar o uso de marijuana e outras substâncias que tenham algum tipo de efeito não demasiado deletério dos estados de consciência. Mas o álcool em excesso que a senhora Winehouse ostenta, é injustificável, imperdoável. É um péssimo exemplo que parte de uma pessoa com uma grande visibilidade mundial e uma enorme aceitação por parte do público. É uma péssima influência num mundo em que o álcool, apesar do seu consumo excessivo ser um perigo enorme para a saúde pública, continua a ser socialmente aceite sob o olhar condescendente de todos nós.

E lembra-me, também, que a rejeição da legalização, despenalização e liberalização das substâncias portadoras de canabinol continua a ser uma enorme hipocrisia. Pois que uma Amy charrada até seria capaz de cantar e montar um bom espectáculo, e bebada não. Pois que, por mais que seja desaconselhável para ambos os casos, preferia cruzar-me na estrada com alguém que tivesse consumido uma dose razoável de marijuana do que com um alcoolizado.

29 maio, 2008

Chamem a polícia!

Eu não pago!!! Eu não pago!!!

(Trabalhadores do Comércio)

22 maio, 2008

Biba!

O Le Musicien está com o MCP




E aqui está uma boa maneira de mandar à fava o acordo ortográfico que Lisboa (e Brasília, digamos sem preconceito), quer impingir a todos os portugueses.

21 maio, 2008

Joe Cocker em Gaia

É hoje o concerto do Joe Cocker em Gaia, no Pavilhão Municipal. Ainda há bilhetes disponíveis.



«Um grande concerto integrado nas comemorações em Vila Nova de Gaia do Maio de 68, cujo tema é "Maio de 68, 40 anos depois".»

18 maio, 2008

Lovecats / Cats to Love

The Cure - Lovecats




Bichanos do Porto - Cats to Love

A ouvir...


Charlie Haden e Carlos Paredes. "Dialogues". (Polygram 1990). Imperdível.

O Mestre Carlos Paredes e a sua heterodoxa e portentosa abordagem à guitarra portuguesa, como um músico académico, virtuoso, temperamental e inovador, encontra o génio do contrabaixo, senhor Haden. O resultado vem num álbum que, a músicas tantas, torna-se intimista e profundo até dizer chega. Mas nunca chega, e só se quer ouvir mais.

10 maio, 2008

Freak show #17

Se há agrupamento musical com o qual eu não alinho, é com os Scorpions. Nunca os achei nada de especial. Baladeiros com uma nesga de talento, que pariram 2 ou 3 musiquinhas agradáveis.

Achava isto mesmo antes de conhecer as capas dos discos. Depois, é o descalabro!


Veja-se a capa do disco Lovedrive. Qual é o intuito? Que significa aquela mão? O que é que... Enfim. Os alemães (alguns, não todos, claro) sempre foram pródigos em bom gosto e boas capas, e não é preciso ir muito longe. Veja-se o exeplo, neste blog, do Herr Heino...

Se alguém conseguir discernir o significado da capa, por favor comente, antes que eu pense que só eu é que estou maluco e vivo rodeado de gente brilhante e mentalmente saudável! Para onde é que a senhora está a olhar? Será que a senhora não se sente incomodada por ter uma substância gosmenta agarrada ao seu seio? Pela sua expressão perdida no infinito, quer-me parecer que está completamente drogada e entregue a um tarado de fatinho de três peças com fetiches estranhos envolvendo enormes quantidades de pastilha elástica e bancos de trás de automóveis.


O seu maior sucesso discográfico foi alcançado com o Animal Magnetism. Este aqui já faz sentido, porque tem um animal. E não é um animal qualquer. É um cachorro de marca alemã! Mas que faz o senhor com a garrafa de mini e a mão no bolso de trás das calças? Será português? E a senhora ajoelhada? E a paisagem? A senhora está mesmo a morder o lábio inferior? Pelo panorama visível, quer-me parecer que o resto do senhor não deve dever nada à beleza e bom gosto. Imagino um homem de bigode à Chalana, risco ao meio à Paulo Bento, camisa aberta até ao umbigo com um cordão de prata de 340g ao pescoço, a sobressaír por entre o farto tapete de pêlos. A unhaca não se vê porque está dentro do bolso. É português, sim senhor! Com alguma sorte, é o Zezé Camarinha! Está explicada a admiração da alemã!

Resta-me referir que este agrupamento musical alemão foi o primeiro a fazer um bailarico na Rússia após a queda da URSS. Mais um pontinho contra!

07 maio, 2008

Sondagem

Faltam 100 dias para fechar a sondagem aberta ali do lado direito, sobre os registos musicais que os nossos leitores utilizam mais frequentemente no dia-a-dia.

Numa altura em que o mercado discográfico atravessa uma mudança paradigmática, nota-se pelas poucas respostas da sondagem, que o CD ainda vive. Parecem-me boas notícias.

Falta às editoras um refrescar de investimento neste formato que ainda tem tanto para dar e que se mantém uma boa referência em termos de qualidade, e ao Governo o ajuste do IVA para valores relativos a bens culturais.

Que continue a votação! Obrigado àqueles que votaram e aos que hão-de votar.

06 maio, 2008

O HiFi tornado popular


São cada vez mais os exemplos de excelente electrónica de áudio, construída com qualidade, com ou sem mão-de-obra oriental, que surge no mercado a preços fabulosos.

Os novos circuitos de amplificação baseados na tecnologia Tripath ou ICEpower vieram oferecer novas opções sobre os tradicionais transistores, aumentando o rendimento para valores próximos da perfeição, o que significa que estes novos amplificadores não dissipam quase nenhum calor e gastam muito pouca energia eléctrica.

Além disso, podemos encontrar este tipo de amplificação a preços inacreditáveis, como por exemplo o TrendsAudio ta 10.1. que, com a queda do dólar, já deve andar por valores próximos dos 100 euros. Isto por uma máquina sobre a qual a revista online independente TNT-Audio disse:

"A small nice marvel that clearly outperforms both the original T-Amp and its bigger brother Super T-Amp. That's the Trends Audio TA 10.1. This amp proves how much quality was hidden inside the Tripath TA 2024 chipset. If you can forget the low power output limitations (6 watts on 8 Ohm, 10 watts on 4 Ohms) it is hard to find something better even at 10 times its price.
I understand this is a bold statement but, as usual, don't take my words as gospel and judge by yourself, without prejudice. With the right speakers this amplifier can be the heart of any high-end system.

Recommended? No, you simply must have one :-) "

Digamos que por mais uns 300 euros e alguma paciência, conseguir-se-á construir um excelente sistema stereo de alta fidelidade sonora à volta deste amplificador.

Queima das Fitas

Aproveitando este espaço dedicado à música, aproveito para divulgar, já com atraso considerável, as Noites da Queima do Porto, e as Noites do Parque de Coimbra.


De Coimbra chamo a atenção para o palco secundário, onde muitas vezes aparecem revelações que nos anos seguintes listam no palco principal das muitas noites de festa do país inteiro.



01 maio, 2008

Maio... maduro Maio


Este álbum é do melhor que se fez e faz na música portuguesa em todos os aspectos, desde a qualidade artística e musical, à sensibilidade, integração, significado, história e qualidade sonora a nível de gravação, mistura e masterização.

Não escapa à regra, sendo do melhor que se faz por portugueses, ter sido feito no estrangeiro. Editado em 1971, foi produzido pelo genial José Mário Branco e gravado por Gilles Sallé no Strawberrie Studio, em França.

É perfeito para ouvir num dia como este, quando recordamos as lutas dos trabalhadores e as conquistas de Abril e lamentamos a sua lenta diluição. Mas o Zeca está lá sempre a lembrar-nos que temos que lutar, que Abril vencerá!

Foi deste álbum que foi tocada, na Rádio Clube, a contra-senha da revolução, a famosa Grândola Vila Morena.

Deixo aqui este testemunho de alguém que não consegui identificar ainda, mas que esteve lá no momento da gravação da música "Chamava-se Catarina", homenagem a Catarina Eufémia, mártir do satrapismo fascista:

« Nascido para, como diz a cantiga, "abrir grandes janelas", o Zeca sempre suportou maio fechamento - quer o das ideias, quer o dos espaços.
Das duas vezes que foi a Paris gravar comigo, em 1971 ("Cantigas do Maio") e 1973 ("Venham mais cinco"), nunca ele escondeu quanto lhe desagradava e o indispunha a necessidade de ficar fechado no estúdio durante horas, e quanto ele não gostava nada de Paris nem do ambiente dos portugueses de Paris - hoje entendo como tinha razão.
Porque haveria de ser preciso fecharmo-nos, horas e horas a fio, na tensa clausura de um estúdio de gravações, se o objectivo era precisamente registar os grandes e puros espaços sonoros das suas melodias, a frescura densa da sua voz, a força simples e lírica das suas palavras? As máquinas! custava-lhe aceitar que a "limpeza" e a "verdade" do som só pudessem ser conseguidas, neste mundo sujo e atravancado, por meio das máquinas, das técnicas, do isolamento acústico. Custava.lhe aceitar que, para fazer chegar aos outros as coisas belas e simples que inventava, fosse preciso tanta guerra para reconquistar o silêncio, a página branca, o patamar vazio donde tudo tem que partir.
Assim, por entre mil episódios que atestam o que acabo de dizer, há esse - o da gravação do "Cantar Alentejano" ("Chamava-se Catarina... ") - que testemunhei aquando da gravação das "Can­tigas do Maio", juntamente com a Zélia, o Fanhais, a Isabel Alves Costa, o técnico Gilles Sallé e, naturalmente, o violista Carlos Correia (Bóris). A opção de arranjo foi: só a viola, e a voz do Zeca. Sem rede.
O regime de gravações - tardes e noites - fez que, nesse principio de tarde, fosse a altura de gravar o "Cantar Alentejano", "Vamos a isto, Zeca?", ia eu dizendo, naturalmente preocupado com a factura do estúdio. "Não tens nada para ir metendo?", desconversava ele. Via-se que não estava pronto. "Queres ir me­tendo outras coisas? Faltam vozes no "Milho Verde" e no "Senhor Arcanjo"... E assim ia passando a tarde. "Está bem, vamos me­tendo outras vozes". Mas não se conseguia grande coisa. A alma dele - percebi depois - estava toda no Alentejo, nos olhos de Catarina Eufémia. E, como tantas vezes acontecia, andava no estúdio para cá e para lá, em passos nervosos, como o jovem leão na sua jaula.
Até que, já pela tardinha: "Eu vou até lá fora, olhar para as vacas" - o estúdio era numa quinta apalaçada, no meio dos campos. Desapareceu, uma hora ou duas. Quando voltou já era quase noite. "Vamos gravar a Catarina". O Bóris meteu-se na pequena cabina, para o som da viola ficar isolado da voz. O Zeca, no meio do estúdio, sozinho e às escuras, cantou. Uma só vez. É essa que está no disco.
Nós, os outros, os privilegiados espectadores, estávamos na central técnica, quase todos a chorar incluindo o técnico francês. "Acham que é melhor eu cantar isto outra vez?"
"Não, Zeca, não. Está muito bem assim..." »

29 abril, 2008

Jean Michel Jarre no Coliseu





E o concerto foi um memorável espectáculo audiovisual.

Os sintetizadores vintage soaram maravilhosamente, os efeitos visuais estavam fabulosos e o João Miguel está que parece um rapaz novo.

17 abril, 2008

A Ouvir...


Não se assuste o desprevenido leitor. Se pensava que os meus gostos musicais eram no mínimo estranhos, vai sair daqui a pensar que eles são mesmo aberrantes. Abrindo espaço para o bom Metal, puro, duro e obscuro, temos King Diamond e o seu clássico de 1987 e de todos os tempos: Abigail.

Kim Peterson, nascido dinamarquês, fundou os Merciful Fate em princípios de 80's e viria a seguir carreira a solo após a ruptura do grupo. A sua forma de estar, o seu visual e a sua voz extremamente abrangente, adequam-se perfeitamente ao estilo Black Metal.

Aqui ficam os meus agradecimentos ao insigne chapelista F.S., por me ter, há muitos anos atrás, introduzido neste tipo de música.

15 abril, 2008

Órgão de Tubos do Carmo Recuperado


O órgão de tubos da Igreja das Carmelitas, no Porto (Rua do Carmo, à Praça dos Leões), foi recentemente restaurado e pode ser ouvido numa série de concertos da Temporada Inaugural do Restauro do Órgão.

Trata-se de um instrumento da escola ibérica, facilmente distinguível pelo jogo do Clarim "em chamada", ou seja, os tubos horizontais apontados para a frente, algo que não surge nos instrumentos da escola britânica.

Conta com um teclado de 54 teclas e três pedais e foi construído em 1784 pelo organeiro de Braga, José António de Souza.

Ficam aqui os concertos e recitais da Temporada Inaugural, todos às 16h45m:

26 de Abril - Antoine Silbertin Blanck
10 de Maio - Luca Antoniotti
31 de Maio - João Santos
14 de Junho - Paulo Bernardino
28 de Junho - Giampaolo di Rosa
12 de Julho - Concerto Renascentista da ESMAE

13 abril, 2008

Galandum Galundaina


"An 1996 nace l grupo de música tradicional mirandesa Galandun Galundaina, cul oujetibo de recolher, ambestigar i debulgar l património musical, las danças i la lhéngua de las tierras de Miranda. L grupo fai la lhigaçon antre la antigua geraçon de tocadores i la geraçon mais nuoba, mantenendo la cuntinuidade de la rica tradiçon desta region, que stubo quaije para se perder, durante anhos.

Ls einstrumentos usados, copiados de outros mui antigos, que mantenen l sou aspeto i senoridade, son: gaitas de fuolhes mirandesas, fraita pastoril, çanfona, caixa de guerra, conchas de Santiago, castanholas, pandeireta, etc.

A parte de la música anstrumental, l grupo apresenta un repertóiro de música cun bozes, fieles a las melodies tradicionales, anriquecidas cun timbres, ritmos i harmonies capazes de dar eimoçon i, porque nó, algua modernidade." (cit. do site dos Galandum)


Se não sabeis ler mirandês, aprendei! É um dialecto de Portugal.

Ontem, no Batalha. Festival Intercéltico. Galandum Galundaina. Fabulosos!

Não sei porquê, mas depois de os ouvir, ainda que por pouco tempo, fiquei sem grande vontade de lá ficar a ver o cabeça de cartaz Xosé Budiño. Muito bom e original, com apostas na modernidade da música de raiz tradicional, com DJ, VJ, mas fiquei numa onda mais tradicionalista... E acabei por sair mais cedo, ainda com os Galandum na memória.

12 abril, 2008

D.T. - D.S.O.F.T.M.


Não é fácil encontrar este. Os metalorockprogressivos Dream Theatre, banda de virtuosos absolutos, lembraram-se de prestar tributo a uma das suas maiores influências e fizeram um concerto onde tocaram, integralmente, a obra Dark Side of The Moon, clássico intemporal dos Pink Floyd.

Lançaram-no em CD e DVD em 2006. Recomendadíssimo.

11 abril, 2008

Festival Intercéltico do Porto

Já me esquecia deste! É hoje, dia 11 de Abril, e amanhã, no Cinema Batalha.

Apontamento do site Programa de Festas - Worldpress:

"Nos dias 11 e 12 de Abril, acontece!
No cinema Batalha – Porto – o Festival Intercéltico.
Participam o galego Xosé Manuel Budiño e os irlandeses Beoga (ditos cabeças de cartaz).

Mas temos também os portugueses de Miranda do Douro, Galandum Galundaina, e os portugueses da Madeira, Encontros da Eira.

O festival desenrola-se em dois concertos duplos com os grupos portugueses Galandum Galundaina e Encontros da Eira a assegurar a primeira parte dos concertos.

O grupo tradicional «Encontros da Eira», com 11 elementos, é a face mais visível da Associação com o mesmo nome (ACEE), sediada na Camacha, na Madeira, que tem como objectivos globais a investigação, a recolha e preservação e conservação de usos e costumes daquela região autónoma.

Este grupo, que tem já dez anos de carreira, abre o festival, a 11 de Abril.

Os Galandum Galundaina é formado por Paulo Meirinhos, (voz, bombo, gaita de foles galega e percussões tradicionais), Paulo Preto (voz, gaita de foles mirandesa, sanfona e flautas), Manuel Meirinhos (voz, percussões tradicionais e flautas) e Alexandre Meirinhos (voz, caixa de guerra e percussões tradicionais).

“Música quelossal pertuesa. Bénen de tierras de Miranda. Ye mais que música pertuesa. Ye la fetura raíç dun pobo. Bordai a ouro este nome na bossa memória fixa”.

E os Beoga?

Originária de Country Antrim, a banda nasceu depois duma intensa «jam session» que aconteceu no festival All Ireland Fleadh, em Agosto de 2002.
O som único que apresentam muito deve aos duelos entre os acordeões de Séan Óg Graham e Damian McKee em sintonia perfeita com Eamon Murray (quatro vezes campeão de bodhrán, da Irlanda) e com o pianista Liam Bradley.
Os Beoga foram nomeados em 2005 para o Prémio de melhor banda revelação da música tradicional do seu país.

E Xosé Manuel Budiño (gaita de foles e voz), fecha a primeira noite do festival, acompanhado pelo seu sexteto."

A Ouvir...

Como estávamos na onda da Nutrição, há uns tempos disse-me um amigo que eu tinha grandes probabilidades de apanhar indigestões musicais, porque misturava indiscriminadamente muita coisa.

Verdade. Mas não me importo. Venha a música. Se eu gostar, ouço, e se aprovar, partilho.

Por agora, têm estado nos meus leitores de CD's e LP's estas obras:

Jethro Tull - Songs From the Woods (LP: Chrisalis, 1977)


Getz / Gilberto (LP: Verve (original 1963) reedição)



Incubus - Morning View (CD: Sony, 2001)



Jeff Buckley - Grace (CD: Sony, 1994)



Smashing Pumkins - Siamese Dream (LP: Virgin 1993)





Pronto, fui longe demais, a misturar o disco mais folk dos Tull com a fabulosa bossa-nova do seu inventor, João Gilberto, e do seu grande divulgador, Stan Getz (e que bem que soa esta obra em LP, pois as edições em CD nem aos calcanhares lhe chegam), e depois passando para o rock impecavelmente melodioso dos Incubus neste inspirado Morning View, voltando atrás ao falecido Jeff Buckley e ao seu intimista Grace, e acabando com o meu favorito de todos os tempos dos Pumpkins, o Siamese, em LP duplo, edição especial de vinil cor-de-laranja (aproveitar para pôr os hifens enquanto o estúpido do acordo ortugráfico não os tira).

Divirtam-se!

Blogs de Nutrição

Aos leitores interessados por este assunto, aqui fica o endereço do Blog do Prof. Pedro Graça, que também serve de apontador aos Blogs da cadeira de Comunicação, da Licenciatura em Ciências da Nutrição da FCNAUP.



Uma boa forma de obter bastante informação de uma maneira descontraída e divertida. Let's blog, guys!

Alguns exemplos, para ser mais fácil escolher:

Caramel&Nuts
CSI - Comida Sob Investigação
Chocolate Negro
Rota dos Sabores

Temptation

e muitos muitos mais...

St. Cleve Chronicle

O jornal fictício de 12 páginas que acompanhava o LP "Thick as a Brick" dos Jethro Tull, um fantástico álbum que ainda hoje ninguém sabe bem o que representa, se é que representa alguma coisa, está disponível online ali:


Por muitos considerado um álbum conceptual de Rock Progressivo, o que foi diversas vezes negado por Ian Anderson, por outros uma paródia à realidade ou uma tentativa de acompanhar, na música, o que os Monty Python vinham fazendo no humor no início dos 70's, esta obra prima da música conta com os dois lados do disco tocados em contínuo. A ouvir, sem perder!



10 abril, 2008

Freak show #16


Porque é que, olhando para esta imagem, de repente as palavras "Polka" e "Fun" não ficam tão bem juntas? Os senhores Drifters devem-se ter apercebido disso, mas era tarde demais, já estava o disco editado e a foto a ser tirada...

A Ouvir...

Parece que estão a voltar à boa forma. Interessante...

09 abril, 2008

Gilberto Gil


No Coliseu do Porto dia 19 de Abril. Começa a ser muito concerto bom e pouco dinheiro para bilhetes.

Mas deixo aqui uma letra:

Refazenda

Abacateiro acataremos teu ato
Nós também somos do mato como o pato e o leão
Aguardaremos brincaremos no regato
Até que nos tragam frutos teu amor, teu coração
Abacateiro teu recolhimento é justamente
O significado da palavra temporão
Enquanto o tempo não trouxer teu abacate
Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão
Abacateiro sabes ao que estou me referindo
Porque todo tamarindo tem o seu agosto azedo
Cedo, antes que o janeiro doce manga venha ser também
Abacateiro serás meu parceiro solitário
Nesse itinerário da leveza pelo ar
Abacateiro saiba que na refazenda
Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a namorar
Refazendo tudo
Refazenda
Refazenda toda
Guariroba


Foto - Eduardo Barrento

06 abril, 2008

Freak show #15


"man"O war... grande banda Metal. Aqui numa fase mais Conan (o bárbaro) com tendências... er...

03 abril, 2008

Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias

Fausto não tem Web Page oficial. Mas um simpático estrangeiro reuniu alguma informação sobre ele aqui.

Porque é que o Fausto não tem página?

FMI

José Mário Branco no seu melhor. O polémico FMI no Youtube, parte 1 e 2.





E tão actual...

Oxygenados


É dia 27 de Abril, no Coliseu do Porto, o concerto da digressão comemorativa dos 30 anos do memorável Oxygene do virtuoso Jean-Michel Jarre. Eu já tenho bilhete!

A Barcelona #2

A banda sonora perfeita

Freddie Mercury and Montserrat Caballe - Barcelona

(Freddie Mercury and Mike Moran)

Barcelona, Barcelona
Barcelona, Barcelona
Viva!

I had this perfect dream
Un sueno me envolvio
This dream was me and you
Tal vez estas aqui
I want all the world to see
Un instinto me guiaba
A miracle sensation
My guide and inspiration
Now my dream is slowly coming true

The wind is a gentle breeze
El me hablo de ti
The bells are ringing out
El canto vuela
They're calling us together, guiding us forever
Wish my dream would never go away

Barcelona! It was the first time that we met
Barcelona! How can I forget
The moment that you stepped into the room
You took my breath away

Barcelona! La musica vibro
Barcelona! Yella nos unio
And if God is willing, we will meet again someday

Let the songs begin
Dejalo nacer
Let the music play

Ahhhhhhh...
Make the voices sing
Nace un gran amor
Start the celebration
Ven a mi
And cry!
Grita!
Come alive
Viva!
And shake the foundations from the skies
Shaking all our lives

Barcelona! Such a beautiful horizon
Barcelona! Like a jewel in the sun
Por ti sere gaviota de tu bella mar

Barcelona! Suenan las campanas
Barcelona! Abre tus puertas al mundo
If God is willing, if God is willing, if God is willing
Friends until the end

Viva!
Barcelona!

02 abril, 2008

GNR, agora sim!!!

Há uns 20 anos ou mais, era eu um miudito, lembro-me de uma peripécia de festa provinciana, em que o cartaz anunciava GNR, e um grande grupo de pessoas de idade carregou cadeiras e bancos de armar para o recinto e montou arraiais junto ao palco, ao início da noite.

Esperando ver a prestigiada banda sinfónica da Guarda Nacional Republicana, o que lhes aparece à frente, após entediante espera, foi o Grupo Novo Rock, com um Reininho já bem jantado e melhor bebido, entretendo-se a enfiar uma garrafa de cerveja nas calças para a tirar pelas pernas.

Debandada geral.

Mas agora sim, ninguém se vai sentir defraudado. Está lá tudo!