Admito não ser a mesma coisa. Nem de perto nem de longe. Mas apenas o melhor a que se pode aspirar, para quem não viu o original. No meu caso, não vi o original porque não era nascido. E este original é, nada mais nada menos que o primeiro grande concerto rock realizado em terras lusas, em 6 e 7 de Março de 1975 no pavilhão do Dramático de Cascais, sobre o qual a revista Cais de Março de 2005 fez uma excelente retrospectiva. Estou a falar dos Genesis, de Tony Banks, Michael Rutherford, Peter Gabriel, Steve Hackett e Phil Collins. Falo do seu album The Lamb Lies Down on Broadway, o canto do cisne da fase dos Genesis com Peter Gabriel, que anunciou aqui mesmo, em Portugal, a intenção de abandonar o grupo no final da digressão europeia. Estou a falar também da sua banda oficial de tributo - The Musical Box - e do concerto que deram no passado dia 11 de Março no Europarque de Santa Maria da Feira, ao qual fui orgulhosamente assistir.
Pondo de parte o anacronismo e a genética, o concerto foi igual ao album, igual ao espírito dos Genesis, emotivamente igual. O anacronismo porque passaram mais de 30 anos desde o último concerto da The Lamb Tour, e porque a sala estava cheia de quarentões e cinquentões. A genética, porque não eram os Genesis em palco, mas sim a fantástica banda canadiana que voltou a dar vida a todas as músicas do The Lamb e, em encore, tocou ainda o Musical Box e o Watcher of the Skies.
Aprendi ali que fazer tributo é a arte da verdadeira homenagem - a imitação - e que esta só se consegue pela resolução de todos os pormenores, por mínimos que sejam. Desde o hábito que Peter Gabriel ainda hoje tem de introduzir as músicas contando-lhes a história, com o seu muito britânico sentido de humor, até à concentração de Hackett, o atinadinho da banda, passando pelo antagonismo divertido de Collins, agradecendo, no final, que a audiência tivesse permanecido acordada (pronúncio do conflito já evidente no seio do conjunto).
Os próprios instrumentos utilizados pelos músicos são ou vintage, ou imitações perfeitas dos originais, feitas por encomenda, como a estranha guitarra de dois braços de Rutherford, com um baixo barítono de 6 cordas num braço e uma guitarra semi-acústica de 12 cordas no outro. Até os slides que passam em fundo são os originais da digressão dos Genesis.
Ao leitor, aconselho vivamente uma viagem pelos primeiros albuns dos Genesis, da era Gabriel, desde o Trespass até ao The Lamb, passando obrigatoriamente pelos Nursery Cryme, Foxtrot e o Selling England by the Pound.
Para o ano, os flyers prometem o regresso deste excelente conjunto de tributo, na sua derradeira digressão, desta vez com a Selling England Tour. Lá nos encontramos.
Pondo de parte o anacronismo e a genética, o concerto foi igual ao album, igual ao espírito dos Genesis, emotivamente igual. O anacronismo porque passaram mais de 30 anos desde o último concerto da The Lamb Tour, e porque a sala estava cheia de quarentões e cinquentões. A genética, porque não eram os Genesis em palco, mas sim a fantástica banda canadiana que voltou a dar vida a todas as músicas do The Lamb e, em encore, tocou ainda o Musical Box e o Watcher of the Skies.
Aprendi ali que fazer tributo é a arte da verdadeira homenagem - a imitação - e que esta só se consegue pela resolução de todos os pormenores, por mínimos que sejam. Desde o hábito que Peter Gabriel ainda hoje tem de introduzir as músicas contando-lhes a história, com o seu muito britânico sentido de humor, até à concentração de Hackett, o atinadinho da banda, passando pelo antagonismo divertido de Collins, agradecendo, no final, que a audiência tivesse permanecido acordada (pronúncio do conflito já evidente no seio do conjunto).
Os próprios instrumentos utilizados pelos músicos são ou vintage, ou imitações perfeitas dos originais, feitas por encomenda, como a estranha guitarra de dois braços de Rutherford, com um baixo barítono de 6 cordas num braço e uma guitarra semi-acústica de 12 cordas no outro. Até os slides que passam em fundo são os originais da digressão dos Genesis.
Ao leitor, aconselho vivamente uma viagem pelos primeiros albuns dos Genesis, da era Gabriel, desde o Trespass até ao The Lamb, passando obrigatoriamente pelos Nursery Cryme, Foxtrot e o Selling England by the Pound.
Para o ano, os flyers prometem o regresso deste excelente conjunto de tributo, na sua derradeira digressão, desta vez com a Selling England Tour. Lá nos encontramos.
7 comentários:
Este é um movimento que parece ganhar alguma consistência nestes últimos tempos.
Também em Março, passou por terras de Viriato (ou melhor, terras de S. Jorge, porque aconteceu no Pav. Atlântico a 3 de Março) um tributo aos Pink Floyd, denominado Off The Wall.
Também esta banda faz o seu tributo através da imitação, se bem que admito que possa não ter a minúcia nos detalhes que terá sido empregue no tributo dos The Musical Box, mas com relevo no aspecto puramente musical.
Lamento não poder acrescentar mais porque não pude lá estar... Coisas da distância! Mas diz a crítica (incluindo alguns dos "originais" Pink Floyd) que é um espectáculo digno de ser visto e muito fiel às raízes.
Fica aqui a menção.
Não te esquças de me ensinar a gostar, assim poderei partilhar contigo mais momentos felizes.
Eu bem tento e o auto-rádio tem trabalhado nesse sentido. Mas isto é daquelas coisas que, felizmente, não se gosta à primeira ou à segunda. E mesmo à terceira ainda há dúvidas. :)
é sempre positivo relembrar o que é bom, afinal a idade não existe na música
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